Quando estou contigo

foto: Luis Valadares

Que boca há de roer o tempo? Que rosto
Há de chegar depois do meu? Quantas vezes
O tule do meu sopro há de pousar
Sobre a brancura fremente do teu dorso?

Atravessaremos juntos as grandes espirais
A artéria estendida do silêncio, o vão
O patamar do tempo?

Quantas vezezs dirás: vida, vésper, magna-marinha
E quantas vezes direi: és meu. E as distendidas
Tardes, as largas luas, as madrugadas agônicas
Sem poder tocar-te. Quantas vezes, amor

Uma nova vertente há de nascer em ti
E quantas vezes em mim há de morrer.

Hilda Hilst

hoje à noite
até as estrelas
    cheiram a flor de laranjeira

Paulo Leminski

Dizem que há mundos lá fora
Que nem nos sonhos eu vi
Mas que importa todo mundo
Se o mundo todo é aqui.

Texto do disco Drama - Maria Bethânia

Acho que o amor que encontrei, e nasceu de uma maneira inesperada, preencheu minha vida, me deu forças, me fez crescer e mudar tantas concepções que me dá a sensação de vida vivida e completa.
Amar é fundamental não aquele amor facil que nasce em um dia e se proclama em dois e logo depois se transforma em perseguição. 
É aquele amor maior, incondicional, completo, acima de tudo. 
O amor que não pede, ele existe e pronto.